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Archive for the ‘Bélgica’ Category

Hoje trago um bera que foi companheira de caixa da Cacau IPA e como o HaNB ela também veio via um clube de assinaturas – que já citei aqui – O BeerMonks! Esse clube também trás ao seus assinantes um material bem bacana que envolve a história das cervejas que vem no mês e eu falei que sempre repasso para vocês assim que tenho a oportunidade de fazer o review sobre determinado rótulo, então hoje não vai ser diferente!

De Halve Maan é a unica cervejaria ainda viva no centro de Bruges na Bélgica. Situada no coração histórico da cidade, essa tradição familiar iniciada em 1856 sobreviveu à 6 gerações que guiaram a cervejaria com um único objetivo em mente: Oferecer uma cerveja superior tanto em qualidade como em sabor sempre respeitando a tradicional arte de fazer cerveja.

Leon Maes, também conhecido como Henri I, foi o primeiro proprietário da cervejaria e com o apoio de seu tio iniciou a fabricação de sua primeira cerveja, que tinha durabilidade curta e era distribuída apenas em barris. Depois da morte de Henri I, seus filhos Henri II e Archère assumiram a cervejaria em meio a revolução industrial, onde na Inglaterra aprenderam novas tecnologias iniciando assim a fabricação de cervejas de Pale Ale e Stout. Ambos os irmãos morreram jovens em 1905, e suas viúvas continuaram a cuidar da cervejaria conseguindo assim passar o período difícil da primeira guerra mundial.

Após a primeira guerra mundial, Henri III assumiu o controle da cervejaria iniciando a produção de cervejas de baixa fermentação “lagers” após um período de aprendizagem na Alemanha.Na década de 30 a cervejaria inovou mais uma vez, iniciando um sistema de delivery à cavalo levando as cervejas diretamente na casa de seus clientes. Nos anos 50 Henri IV entra nos negócios da família e vê seus sistema de entregas a domicilio ganharem populariedade, no entanto na década de 70, o novo modo de vida tornou-se o maior vilão do modelo de negócios da cervejaria. As pessoas compravam carros e iam comprar cervejas nos supermercados , porém a cervejaria era muito pequena para atender os supermercados como clientes.

Na década de 80 o interesse por cervejas tradicionais da região aumentou. Véronique, filha de Henri IV, lançou uma nova cerveja especial em 1981. Era uma cerveja de alta fermentação loura e estava um pouco mais forte do que as outras cervejas , sendo assim chamada de “Straffe Hendrik (Henri Forte)”.A cervejaria abriu suas portas para o público nascendo assim a casa cervejeira onde os antigos dispositivos de engarrafamento e malte foram dispositivos de sala de jantar da casa, tornando-se assim um museu da cervejaria ainda sobe propriedade da família Maes, hoje nas mãos de Xavier Vanneste, filho de Véronique Maes.

Realmente uma história familiar, não?!? O que me faz compartilhar com vocês um pensamento “Será que todas as cervejas tem uma história??” Em minha opinião sim, por mais pequena que seja a produção, os rótulos e os liquidos sempre tem uma história a contar ….. show hein! Finalmente vamos a cerveja de hoje!

BEER: 52/99
Estilo: Belgian Quadrupel
Cervejaria: De Halve Maan
Origem: Bélgica
IBU: —//—
SRM: —//— 
ABV (Teor Alcoólico): 11%
Temperatura de Serviço: 10-12ºC e Degustada: 8-12ºC
Degustada em: 30/05/2013
Guarda: talvez, não tenho a confirmação, porém a validade dela ia até 2015 pelo que vi na garrafa!

 

[BELG] Straffe Hendrik Quadrupel IIº  - Estilo Belgian Quadrupel

[BELG] Straffe Hendrik Quadrupel IIº – Estilo Belgian Quadrupel

Aparência

  • Apesar de não ter usado um copo ideal, eu achei legal a apresentação nele. Opaca e de um marrom bem escuro, apresentou nuances em rubi (contra a luz). Teve formação abundante de uma espuma bege com média-baixa duração, porém com uma agitada no copo a espuma volta tranquilamente. Consistência também baixa para média e não possuiu lacing. Bonita cor se colocada contra a luz, se não parece meio apagada.

Aroma

  • Bem intenso, trás um equilibrio bacana entre aromas maltados e lupulados. Um torrado com frutado é o que chegou ao meu nariz primeiro. O ABV apesar de alto não transpareceu no aroma. Notas doces que me lembraram chocolate amargo também estavam presentes. Agradável!

Gole

  • Flavor Wheel - Straffe Hendrik Quadrupel IIºComo de se esperar é uma cerveja alcoólica e o gole demostra isto facilmente, esquentando o corpo e não transparecendo na língua. Boa para dias frios. Mais ou menos seco é mais aveludado e trás boa carga de malte torrado, com notas equilibradas puxando ao um frutado não cítrico, não diz que ele é necessariamente lupulado. O amargor é bem baixo, apesar do torrado. Boa carbonatação. Aftertaste de duração média para longa, um pouco mais doce que o gole inicial com um torrado e frutado vindo um em seguida do outro. Não sei porque mais a maioria desses frutados de aftertaste me lembram butiá … Enfim, repetiria fácil e recomendo a todos!

Abraços e até o próximo post! A peço, que caso vcs tenham gostado, repassem adiante o blog! Obrigado!

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Hoje termino a linha da viven com chave de ouro! De um estilo belga renomado, esse rótulo superou todas as outras 4 que tomei! Sem enrolação vamos a ela!

Bom apesar de lermos Bruin no rótulo, a cerveja não é do estilo Oud Bruin e sim do estilo Belgian Dubbel, e eu não tenho a minima ideia de porque leva Bruin como nome principal.

BEER: 46/99
Estilo: Belgian Dubbel
Cervejaria: Brouwerij Van Viven
Origem: Bélgica
IBU: —//—
SRM: Algo entorno de 20-24
ABV (Teor Alcoólico): 6,1%
Temperatura de Serviço: 5-8ºC e Degustada: 6-10ºC
Degustada em: 18/05/2013
Guarda: —//—
 
[BELG] Viven Bruin - Estilo Belgian Dubbel

[BELG] Viven Bruin – Estilo Belgian Dubbel

Aparência

  • Linda cor, puxando para o mogno é de uma cor marrom com nuances em âmbar bem escuro. Forma levemente uma espuma bege um pouco escura e tem média consistência. Como de padrão do estilo o creme não dura muito, restando apenas uma fina camada sobre o liquido com aparência aveludada.

Aroma

  • Uma coisa chama atenção no aroma logo de cara: Maltado + bem frutado. A partir dai já percebe-se que o aroma é bem característico, com o frutado não sendo cítrico e o maltado puxando para notas mais torradas. ABV levemente aparente já aqui e por fim, misturado a tudo isso, um pequeno floral e notas doces. Muito agradável .

Gole

  • Flavor Wheel - Viven Bruin

    Flavor Wheel – Viven Bruin

    Como o visual já mostrou a bera possui um bom corpo, com o gole sendo quase aveludado. Bom, eu tinha medo de o ABV ser bem aparente, porém não foi o que aconteceu – muito bem inserido ele esquenta o corpo mas não atrapalha o gole. Boa carbonatação e quase não há amargor. O gole geral fica por conta das notas maltadas, levemente torradas e doces. Boa pitada de toffee. Retrogosto mais doce/frutado e leve café. Ótima drinkability. Tomaria várias numa rodada! Recomendo!

 

Bom, com isso foram 5 rótulos degustados e todos acima de 3 estrelas de um total de 5 estrelas. Boa cervejaria com rótulos que precisam ser tomados – principalmente essa última e a porter.

Viven by AllBeers

Viven by AllBeers

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Voltando a ativa galera! Desculpa a demora entre um post e outro! Mais fim de ano aperta em questão de tempo para a maioria né! iuahiuao

A um passo de terminar a linha da Viven,  trago para vocês o penúltimo rótulo das cervejas que provei deles! Infelizmente tenho que dizer que esse é o mais tranquilo e o mais fraco, mesmo assim vale sim a degustação!

Vamos lá!!!

BEER: 45/99
Estilo: Belgian Pale Ale
Cervejaria: Brouwerij Van Viven
Origem: Bélgica
IBU: —//—
SRM: Algo entorno de 10-13
ABV (Teor Alcoólico): 5%
Temperatura de Serviço: 5-8ºC e Degustada: 6-10ºC
Degustada em: 16/05/2013
Guarda: —//—
[BELG] Viven Ale - Estilo Belgian Pale Ale

[BELG] Viven Ale – Estilo Belgian Pale Ale

Aparência

  • Temos um liquido translucido com baixíssima carbonatação e boa formação de uma espuma branca. O creme apresentou uma média consistência e uma baixa a média duração. Para mim ela apresentou uma cor similar a uma tripel. Para finalizar um estilo belga não podia deixar de apresentar o famoso belgian lace e nela esse lacing foi satisfatório! A taça é o melhor copo para se tomar ela!

Aroma

  • Características do estilo estão bem presentes. Começando pelo aroma bem mais maltado do que lupulado. Nem o frutado e nem herbáceo/floral são maestros aqui e sim o malte com leve/moderado notas de panificação, que se vocês lembram não é nenhum pouco agradável a minha pessoa e me desapontou. O frutado/herbáceo/floral que não são os maestros estão sim ao fundo e não desaparecidos mas que beiram o sumiço eles beiram. Aroma tipico de beras do estilo.

Gole

  • Flavor Wheel - Viven Ale

    Flavor Wheel – Viven Ale

    O gole é bom, com leve alcool já de cara. Boa carbonatação e amargor quase nulo de começo. O malte, assim como no aroma se sobressai ao lúpulo.Apesar de ser fraca no inicio o aftertaste se mostrou razoável e com boa carga de amargor durando relativamente bem na boca! Não repetiria, achei muito maltada =(

 

É isso ai pessoal! Até o último rótulo da Viven =/ hehe

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Hoje temos mais um rótulo dessa cervejaria Belga que nos trás algumas leituras de estilos americanos! Hoje o estilo é o famoso estilo dos trabalhadores!

Como diria um comentário da bera no brejas – É uma belga PORTER ou uma Porter BELGA??? Fica a dica pra vc experimentar e tirar suas conclusões, e é claro com base neste review =)

BEER: 44/99
Estilo: American Porter
Cervejaria: Brouwerij Van Viven
Origem: Bélgica
IBU: —//—
SRM: Algo entorno de 50-60
ABV (Teor Alcoólico): 7%
Temperatura de Serviço: 5-8ºC e Degustada: 6-10ºC
Degustada em: 15/05/2013
Guarda: —//—
 
[BELG] Viven Porter - Estilo American Porter

[BELG] Viven Porter – Estilo American Porter

Aparência

  • A coloração para mim se mostrou bem preta e estilo petróleo, justamente pela sua aparência viscosa. Bela formação de uma espuma bege com boa formação e duração, ficando com uma camada de 1 dedo sobre o liquido. Bom lacing e espuma com média/alta densidade. Para uma porter está muito boa a aparencia. Linda apresentação na taça e considero que ficaria linda também em um pint.

Aroma

  • Diferente! Possui aroma característico de torrefação que me remete sempre a café e que neste caso é forte. Também conta com notas defumadas (por isso em alguns lugares tu vê que o estilo é smoked porter) . Bem ao fundo encontrei alguma nota doce junto com um herbáceo muito agradável. Aroma muito bom mesmo – mais suave que as stouts mas mesmo assim show de bola!

Gole

  • Flavor Wheel - Viven Porter

    Flavor Wheel – Viven Porter

    Seguindo o aroma, o gole apresenta clara torrefação e é suave. Pequenas notas condimentadas dão um equilibrio ótimo. Corpo tem consistência média/alta. Aftertaste/Retrogosto quase longo e com boa dose de torrefação e amargor. Ótima drinkability e pouco doce. Os 7% estão muito bem inseridos. Bom tudo me levou a concluir que essa é uma porter bem diferente e que vale a pena ser provada! Repetiria ela com certeza!

 

Até o próximo review! Deixem opiniões ai galera! Aquele abraço!

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Daew galera! Beleza?

Apresento mais um rótulo da cervejaria Van Viven! Hoje um estilo da Bélgica mesmo! Vamos lá?

BEER: 43/99
Estilo: Belgian Blonde Ale
Cervejaria: Brouwerij Van Viven
Origem: Bélgica
IBU: —//—
SRM: Algo entorno de 4-6
ABV (Teor Alcoólico): 6,1%
Temperatura de Serviço: 5-8ºC e Degustada: 6-10ºC
Degustada em: 14/05/2013
Guarda: —//—
 
[BELG] Viven Blond - Estilo Belgian Blonde Ale

[BELG] Viven Blond – Estilo Belgian Blonde Ale

 

Aparência

  • De uma cor quase cristalina que parte do dourado e puxa para o mel, mostrou carbonatação constante e média. Espuma branca de boa densidade, duração e criação de micro-bolhas. Belgian lace belissimo, sujando o copo. Indico tomar em uma taça, mas também pode ser uma tulipa.

Aroma

  • O aroma beirou a timidez e eu esperava um frutado mais forte. Notas frutadas estão ali, porém mais leves mesmo. Temos também notas maltadas, remetendo a panificação e algumas notas doces. Agora, não sei se pirei demais nesta, mas encontrei algumas notas defumadas que me lembraram costelinha defumada uihaoiuhaiuoahaui.

Gole

  • Flavor Wheel - Viven Blond

    Flavor Wheel – Viven Blond

    Passando ao gole já notei a boa carbonatação presente na boca. Quanto ao ABV eu pensei que ia ser mais aparente, porém ele se mostrou bem inserido. Gole inicial suave e levemente condimentado. Amargor quase inexistente, o que é ok para o estilo. Bom corpo. Aftertaste médio em duração com um frutado junto com notas maltadas – equilibrio. Ao puxar a saliva temos um amargor relevante e excelente drinkability. Aprovada!

 

É isso ai pessoal! Até o próximo review!

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Hoje começo o especial de outra cervejaria que conheci em meados de abril e que comprei junto com as North Coast! A Viven, cervejaria belga que aposta na inovação de cervejas belgas com estilos norte-americanos. Consegue imaginar uma cervejaria belga fazendo uma porter e imperial IPA?!?!? Pois bem, esta cervejaria faz isso e chegou por aqui no Brasil com cinco rótulos e é claro você confere o review feito por mim dos cinco estilos abaixo:

Rótulos Viven!

Rótulos Viven!

Começando hoje pelo estilo IMPERIAL IPA, ou você pode chama-la de Double IPA também!

[BELG] Viven Imperial IPA - Estilo Imperial IPA

[BELG] Viven Imperial IPA – Estilo Imperial IPA

BEER: 42/99
Estilo: Imperial/Double IPA
Cervejaria: Brouwerij Van Viven
Origem: Bélgica
IBU: —//—
SRM: Algo entorno de 14-18
ABV (Teor Alcoólico): 8%
Temperatura de Serviço: 5-8ºC e Degustada: 6-10ºC
Degustada em: 13/05/2013
Guarda: —//—
 

Aparência

  • Belíssima cor alaranjada, um âmbar puxando para o caramelo.  Turva com média carbonatação apresentou, como uma belga não pode deixar de ter, um ótimo lacing (suja bem o copo) em sua espuma levemente bege e de formação abundante. Seguindo a já bonita apresentação, a espuma, de ótima consistência se manteve por um período longo me agradando de primeira!

Aroma

  • Aqui percebe-se o toque belga para um estilo primordialmente americano. Apesar de característico, o cítrico não está tão forte e se mistura com um frutado não cítrico. Aroma médio/alto em questão de potencialidade na narina hauiuahu. Obviamente temos o lúpulo com o papel principal de o malte fica para plano de fundo. Algumas notas doces e nada do ABV. Achei o aroma complexo, mas ótimo! Em geral as notas são bem suaves.

Gole

  • Flavor Wheel - Viven Imperial IPA

    Flavor Wheel – Viven Imperial IPA

    OK, podem me chamar de chato, mas uma imperial IPA tem de ser seca e bem, mas muito bem lupulada e essa penou nesses quesitos.  Primeiro ela não é tão seca e possui uma boa carga de lúpulo, mas não o suficiente para uma double. Em consequência temos um gole com amargor moderado. ABV um pouco aparente. Boas notas cítricas, apesar de não tão forte no aroma, e o malte é inexistente. Pequenas notas condimentadas. Aftertaste com duração mediana e mais suave, com o amargor vindo quando se puxa a saliva. Repetiria sim, mas há melhores – Ex:. Perigosa da Bodebrown!

É isso ai pessoal! Logo mais o rótulo Blond deles! Até!

 

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Buenas meus amigos! Para fechar a “trindade” de cervejarias que ficam uma perto da outra – Brasseire du Val de Sambre , Abbey Notre-Dame de Saint-Remy e agora a Chimay – trago o terceiro rótulo deles! Os outros dois vocês podem ver AQUI e AQUI.

Com vocês a Chimay Triple:

Estilo: Belgian Tripel
Cervejaria: Chimay
Origem: Bélgica – autêntica trapista!
IBU: —//—
SRM: —//—
ABV (Teor Alcoólico): 8%
Temperatura de Serviço: De acordo com a garrafa é 6-8ºC Degustada: 6-10ºC
Degustada em: 03/05/2013
Guarda: —//—
 
[BELG] Chimay Tripel - Estilo Belgian Tripel

[BELG] Chimay Tripel – Estilo Belgian Tripel

Aparência

  • Coloração caramelo com mesclas de âmbar com um dourado escuro. Opaca meio turva, se pá turva mesmo hehehe, não dando para ver a carbonatação. Bom lacing. Espuma branca de boa formação mas com média duração, deixando uma fina camada sobre o liquido.  Creme com uma boa consistência. Bacana para uma tripel! Corpo aparentemente médio.

Aroma

  • Primeiramente senti notas que me lembraram banana, mas elas logo sumiram. Notas doces, características da maioria das tripels (minha opinião). Apresentou um floral ótimo. Pequenas notas condimentadas. Resumindo: Frutada e sem menção ao ABV. Ótimo buquê.

Gole

  • Flavor Wheel - Chimay Triple

    Flavor Wheel – Chimay Triple

    Gole entre o seco e o suave. ABV bem inserido – apenas esquenta. Boa efervescência. Notas em sua maioria frutadas e gole bem complexo com uma ótima drinkability. Aftertaste igualmente complexo com adição de um leve amargor com boa duração! Gostei! E com certeza repetiria.

Próximo post é especial! Não perca! Até!!!!!!

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Bom junto a bera do post anterior também veio uma outra belga que merece meus elogios e que, adiantando, repetiria e vou repetir sim!! Bom estamos falando da Tripel Karmeliet e assim como o HaveANiceBeer, o Beermonks trás também uma pequena revista mensal e com ela informações sobre a cerveja, que faço questão de repassar a vocês leitores!

A tripel Karmeliet continua sendo feita seguindo sua receita original de 1679 criada pelos monges carmelitas do monastério de Dendermonde na Bélgica. O grande diferencial desta receita são os três tipos de cereais usados em sua fabricação (que por sinal, querido leitor, vem bem destacado no seu rótulo, como você pode ver na figura ai) – cevada, trigo e aveia formando

Tripel Karmeliet rótulo

Tripel Karmeliet rótulo

assim a tríade inesquecível…

A cervejaria Bosstels remonta ao século 17 e ainda se encontra nas mãos da familia original, hoje em sua sétima geração e comandada por Ivo e Antonie Boostels. Quem visita a cervejaria se depara com uma elegante sala de fermentação que em seu coração ostenta um passado grandioso. Dando prosseguimento à tradição nobre, várias das cervejas Boostels são concebidas como produtos especiais, geralmente com um interessante fundo histórico. Na mesma cervejaria são fabricadas as também conhecidas KWAK (que tem um copo muito loco) e a DEUS (um dia ainda tomo), esta última fabricada com o método champenoise.

Estilo: Belgian Tripel
Cervejaria: Boostel
Origem: Bélgica
IBU: —//—
SRM: —//—
ABV (Teor Alcoólico): 8,4%
Temperatura de Serviço: De acordo com a garrafa é 6-9ºC, mais também achei 8-12ºC Degustada: 6-10ºC
Degustada em: 30/04/2013
Guarda: —//—

[BELG] Tripel Karmeliet - Estilo Belgian Tripel

[BELG] Tripel Karmeliet – Estilo Belgian Tripel

Aparência

  • Belíssima cor palha puxando para o dourado claro. Translúcida apresentou média/baixa carbonatação. Formação de um creme branco com ótima consistência, duração e com formações de micro bolhas. Corpo aparentemente médio – uma bela apresentação na taça.

Aroma

  • Aroma típico, ou seja, frutado. Forte, se desprendendo fácil do copo. Notas florais estão bem presentes e uma leve aparição, que achei normal, do ABV. Toque bacana de especiarias, remetendo fácil ao cravo e eu sempre “pego no pé” do aroma de butiá ahhaha que me diz que encontrei pequenas notas cítricas.

Gole

  • Flavor Wheel - Karmeliet

    Flavor Wheel – Karmeliet

    Um fato sobre quase todas as tripels – são alcoólicas e potentes, a Karmeliet não fugiu do padrão e mostrou essas duas características. Bastante carbonatação, até demais, o que dá um toque único a cerveja. O ABV aparece + é de curta duração, porém se sente bem. Notas bastantes condimentadas com leve sensação de cravo. Aftertaste com boa duração e amargor pra balancear. Final um pouco frutado ainda, remetendo ao butiá e/ou carambola – já que o frutado está sempre aparente nela =).

Extra

  • Como todas as cervejas especias no mundo, a Karmeliet tem seu próprio copo para degustar, que lembra uma taça de vinho borgonha tinto. Colecionar copos das cervejas favoritas é praxe entre os apreciadores ao redor do mundo. (Vou tirar uma foto da minha coleção e postar em breve). Enquanto isso não acontece, treine seu francês ahhaha e veja esse pequeno vídeo de como a Karmeliet fica no seu show de copo =)

Até a próxima!

 

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Já que estávamos falando de uma cervejaria perto da cervejaria que produz a Rochefort, por que não dar uma visita a Abbey Notre-Dame de Saint-Remy? A beermonks, clube de assinatura, fundada aqui em Curitiba, trouxe aos seus assinantes no mês de Abril, um exemplar de uma trapista muito boa!

BeerMonks 1BeerMonks 2

Rochefort 8 é uma das três cervejas trapistas produzidas na abadia de Notre Dame de St. Remy. É também o maior o maior sucesso entre as 3 cervejas sendo inicialmente produzida em 1954 para a ordem de um grande cliente. Após a Segunda Guerra Mundial, a cervejaria trapista de Rochefort ficou seriamente danificada sendo ajudada com alguns equipamentos da abadia irmã de Chimay. O resultado é marcante, uma cervejaria mais belas da Bélgica com grandes vidros transparentes que permitem a entrada da luz solar refletindo sobre as caldeiras de cobre brilhante. A Abadia de Rochefort gerencia um produto sem publicidade ou qualquer forma de propaganda. Seu rótulo contem apenas informações necessárias e exigidas legalmente, além de sua produção ser rigorosamente limitada gerando apenas recebíveis suficientes para a sobrevivência dos monges e a manutenção de suas obras.

Sua receita leva malte de cevada, amido de trigo, açúcar marrom e branco, grãos de lúpulo Hallertau e Styrian e, segundo boatos, uma pitada de coentro. Quando foi lançada, em 1953 foi apelidada pelos monges de “la marveilleuse” (“a maravilhosa”), embora com os anos seu apelido esteja desaparecendo. (BeerMonks Magazine – Abril /2013)

 
Estilo: Belgian Dark Strong Ale
Cervejaria: Abbey Notre-Dame de Saint-Rémy
Origem: Bélgica – com selo de autenticidade de cerveja trapista.
IBU: —//—
SRM: —//—
ABV (Teor Alcoólico): 9,2%
Temperatura de Serviço Degustada: 6-8°C
Degustada em: 28/04/2013
Guarda: —//—
[BELG] Trappistes Rochefort 8 - Estilo Belgian Dark Strong Ale

[BELG] Trappistes Rochefort 8 – Estilo Belgian Dark Strong Ale

Aparência

  • A cor, opaca e turva, puxou bem para o lado do mogno mais teve lances de um âmbar bem escuro. Devido a opacidade do liquido não consegui ver a carbonatação. Seu creme é branco com excelente características -> fenomenais formação,consistência e duração. Excelente belgian lace e formação de micro bolhas na espuma. Em minha opinião uma apresentação belíssima – perfeita.

Aroma

  • O aroma não ficou atrás da apresentação e se mostrou exuberante de um frutado muito bom – saltando ao nariz. Me remeteu a pera e cereja. Um pequeno floral e pequena aparição do seu ABV(normal). Como disse na tripel do post passado, o aroma das belgas são bem complexos – essa apresentou umas notas cítricas que eu não consegui remeter a nada.

Gole

  • Flavor Wheel - Rochefort 8

    Flavor Wheel – Rochefort 8

    Levemente aveludado, nota-se claramente a potência da cerveja, assim como sua alta carbonatação na boca. Alta drinkability. O gole se mostrou complexo para mim, com notas frutadas se destacando -> carambola, algumas frutas pretas e notas doces (bem maltadas). No aftertaste encontramos o amargor e mais sensação cítrica. Beba beeeeeemmmm devagar mesmo. Repetiria fácil essa cerveja.

Harmonização

  • Resolvi fazer uma harmonização com um chocolate de maracujá da cacau show, e o resultado até que não foi dos piores:
Harmonização - Rochefort 8

Harmonização – Rochefort 8

  • O chocolate em si é uma delicia e com a cerveja transformou o conjunto em uma batida de maracujá, o que me agradou pela transformação do conjunto, nem o alcool nem a doçura ficaram potencializados mais sim meio a meio cada uma.

Bom, pela foto de inicio dá para imaginar o próximo post não? E o titulo que tenho em mente também é bacana “Tão perto de Deus…” ehheeh

 

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Lembra que eu pedi para vocês aguardarem esse post para esclarecer a questão do ano de 1850, em que o monastério fechou as portas? Pois bem, damos continuidade ao texto da Mag do HaNB!

Apesar de o mosteiro ter tido uma cervejaria instalada dentro de suas paredes, as cervejas do mês são, na verdade, uma homenagem a ela com sua série Abbaye D’Aulne. Recontando um pouco a história dessa cervejaria, cem anos após o fechamento do mosteiro, foi fundada a Brasseire du Val de Sambre. Durante muitos anos, as receitas foram produzidas em outras cervejarias, inclusive a Affligem. E, a partir de 2000, a cervejaria foi oficialmente  instalada onde ficavam os estábulos do antigo mosteiro. –> Aqui, eu, o blogueiro auihoauia, faço uma intervenção – já expliquei a origem das tripels (estilo da cerveja deste post) e a revista volta a tocar no assunto, sobre a classificação das cervejas de abadia que é feita através da graduação alcoólica =), podendo chegar até as quadruppels. Enfim, retomo o texto agora. Os barris eram marcados  com cruzes, sendo uma para as singles, duas para as dubbles e três cruzes para as tripels. O termo em si foi utilizado pela primeira vez  no rótulo da westmalle tripel, e desde então virou a referencia do estilo. (HaNB Mag/Fev-2013)

Estilo: Belgian Tripel
Cervejaria: Brasserie du val de sambre
Origem: Bélgica – com selo e tudo
IBU: —//—
SRM: —//—
ABV (Teor Alcoólico): 8%
Temperatura de Serviço: 8-12ºC e Degustada: 7-10°C
Degustada em: 26/04/2013
Guarda: Sim, até 3 anos, no máximo, preferencialmente.
 
[BELG] Ada Triple Blonde 8 - Estilo Belgian Tripel

[BELG] Ada Triple Blonde 8 – Estilo Belgian Tripel

Aparência

  • Uma cor translúcida, quase cristalina, de ouro envelhecido puxando para o mel, essa cerveja apresentou uma média carbonatação com formação (mais do que eu esperava) de um creme branco de alta densidade e duração. Excelente belgian lace. Gostei da apresentação na taça e pode-se usar também uma tulipa.

Aroma

  • Como em toda tripel (belga) , o aroma, em minha opinião, se mostra complexo. Notas que lembram cravo, algumas notas condimentadas e leve doce. Aroma em sua maioria frutado – bem de leve, me deixando na dúvida, um frutado cítrico – talvez laranja/tangerina. Para resumir bem então: O aroma se mostrou frutado – doce – forte!

Gole

  • Flavor Wheel -  Ada Triple Blonde 8

    Flavor Wheel – Ada Triple Blonde 8

    Alta drinkability marcam o gole dessa bera que chegou a preocupar com os 8%, porém ele se mostrou bem inserido. Boa carbonatação e notas frutadas – mix de cítricas e não cítricas. Amargor “susse”, já que não é o forte dessas beras! Um “Q” de condimento. Aftertaste longo, coisa que me agradou bastante – sendo que apresentou o alcool um pouco mais aparente (talvez porque até aqui a bera já tinha esquentado um pouco) e o amargor deu uma aumentada de leve. Gole geral suave, nada de secura – repetiria várias vezes, se pudesse hehehhe.

Curiosidades

  1. Convencionalmente, as Tripel são douradas. Porém, no passado, era bastante comum encontrar Tripels escuras (lembrando que o termo se aplicava às cervejas mais alcoólicas da linha).
  2. A cervejaria é aberta a visitação e tem uma sala de degustação ao lado dos tanques de fermentação. Então, aproveite a proximidade com a Chimay e Rochefort e estique a visita até a Val de Sambre para provar as cervejas ao “pé da vaca”.
  3. Sambre é um rio que corre na parte norte da França e sul da Bélgica, na região da Valonia. Há relatos de batalhas do imperador Julio Cesar na região. E batalhas famosas, durante a Primeira Guerra Mundial, como o cerco a Namur em 1914 e a Batalha do Sambre em 1918!

 

Bom já pegando carona em uma das curiosidade, no próximo post vamos a Rochefort!

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